
A Zona Euro decidiu desbloquear uma nova tranche de 34 mil milhões de euros de ajuda à Grécia. Antes da reunião do Eurogrupo, o comissário europeu dos Assuntos Económicos, Olli Rehn, já tinha manifestado confiança num acordo para por fim a "uma verdadeira odisseia" grega.
O anúncio do desbloqueio da nova tranche de ajuda à Grécia foi feito pelo porta-voz do presidente do Conselho de Ministros da zona euro, Jean-Claude Junker, no final de uma reunião do Eurogrupo, em Bruxelas.
Já antes do encontro, as perspetivas de um acordo eram animadoras. "Hoje vamos ter uma decisão muito importante a tomar relativamente à Grécia. Devo dizer que foi uma verdadeira odisseia e percorremos um longo caminho desde a primavera, quando tivemos imensa turbulência política e nos mercados", declarou Olli Rehn, à chegada à reunião do Eurogrupo.
O comissário responsável pelo euro disse estar "confiante" num "acordo hoje quanto ao próximo desembolso para a Grécia" e sustentou que "a decisão de hoje sobre o pacote grego irá remover as nuvens sobre a Grécia".
Rehn saudou ainda o acordo alcançado na última madrugada pelos ministros das Finanças da União Europeia relativamente ao mecanismo único de supervisão bancária, comentando que "a decisão da última noite é um grande feito rumo a uma união bancária" e é "crucial para restaurar confiança na economia europeia".
"Estamos a fazer muitos progressos", regozijou-se.
Os ministros das Finanças da zona euro e o Fundo Monetário Internacional (FMI) analisaram, esta quinta-feira, em Bruxelas, a operação de recompra da dívida grega para desbloquear, assim, a ajuda financeira prometida a Atenas.
Paris e Berlim já se manifestaram satisfeitas, na quarta-feira, com a operação de compra pela Grécia da sua própria dívida, que era uma das condições impostos pela 'troika' (Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu) para ser formalmente desbloqueada a tranche de 34,3 mil milhões de euros que a Grécia aguarda desde junho.
A recompra da dívida inscreve-se no plano acordado entre a zona euro e o FMI para reduzir a dívida pública grega, que terá de baixar de 175% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2016 para 124% em 2020 e cair para valores abaixo dos 110% em 2022.
