CDS-PP diz que é "sinal de realismo" que Eurogrupo admita mais tempo para Portugal
O porta-voz do CDS-PP, João Almeida, considerou este domingo um "sinal de realismo" que o presidente do Eurogrupo tenha admitido que Portugal possa ter mais tempo para cumprir as metas do programa de ajustamento assinado com a 'troika'.
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"É um sinal de realismo, que o CDS sempre tem defendido, que tem de haver em Portugal e na Europa", afirmou João Almeida.
O dirigente centrista falava à margem do encerramento do congresso da UGT, em Lisboa, onde liderou a delegação do CDS-PP que assistiu à intervenção final do novo secretário-geral da central sindical, Carlos Silva.
O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, admitiu no sábado, em Washington, que Portugal poderá ter mais tempo para cumprir
"Portugal mostrou um grande empenho no programa de ajustamento e também está a enfrentar uma situação económica muito dura. Temos que ter isso em conta e, se necessário, dar mais tempo também no caso português, como foi feito noutros países", disse Dijsselbloem, numa conferência de imprensa após uma reunião do Comité Monetário e Financeiro do Fundo Monetário Internacional (FMI), em Washington.
Em declarações citadas pela SIC-Notícias, Dijsselbloem disse aguardar com expectativa as propostas do Governo português para resolver o problema colocado pelo "chumbo" de quatro normas do Orçamento do Estado para 2013, responsáveis por um "buraco" de cerca de 1.300 milhões de euros.
Inicialmente, a meta do défice de 2012 era de 4,5% e passou a 5%, e a deste ano, de 3%, passou a 4,5%.
Agora, após a sétima avaliação pela 'troika', ainda por concluir, o novo objetivo do défice para este ano é de 5,5%, o de 2014 é de 4% e só em 2015 é que o défice deverá cair abaixo dos 3%, ficando nos 2,5% do PIB.