Os pilotos da companhia aérea de baixo custo easyJet na base de Lisboa entregaram, esta sexta-feira, um pré-aviso de greve para 13, 24, 26, 31 de dezembro e 1 de janeiro.
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Em comunicado, o sindicato afirma que os pilotos da easyJet avançarão para a greve "caso a companhia continue a não cumprir os compromissos assumidos e a não respeitar a legislação laboral portuguesa, em matéria de alterações de escala e de limites máximos do período normal de trabalho".
O Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) acusa a easyJet de não estar a cumprir os "acordos assumidos", de estar a criar "restrições e expedientes dilatórios que têm tornado impossível a celebração de um Acordo de Empresa" e de não estar a respeitar o "compromisso de transferência de alguns pilotos para o seu país de origem".
A estrutura sindical diz que a easyJet assinou, a 20 de agosto, um acordo com os seus pilotos na base de Lisboa, mas não está a honrá-lo, "não deixando outra alternativa para fazer cumprir o acordado, senão o recurso à greve".
Segundo o sindicato, a base da easyJet em Lisboa "é a que apresenta dos menores custos laborais" entre todas as que a companhia tem na Europa, "tendo registado resultados muito positivos ao longo dos 18 meses de operação" na capital portuguesa, tanto financeiros como operacionais.
"Custa-nos acreditar que, apesar dos bons resultados, a empresa se esteja a aproveitar da conjuntura desfavorável que se vive no país para sacrificar as condições de trabalho e de vida dos seus trabalhadores, designadamente dos seus pilotos em Lisboa, que são os mais mal pagos de todas as bases europeias da companhia", refere o SPAC.
O pré-aviso de greve já foi entregue e a paralisação decorrerá entre as 00:00 e as 24:00 dos dias 13, 24, 26, 31 de dezembro e 01 de janeiro, tendo o sindicato proposto, como serviços mínimos, uma ligação por dia ao arquipélago da Madeira.
A easyJet tem 43 pilotos na base de Lisboa.