
Passos Coelho durante a inauguração da Festa da Cereja no Fundão
ANTÓNIO JOSÉ/LUSA
O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, afirmou, esta sexta-feira, no Fundão, que o Governo não prevê novas medidas de austeridade para alcançar um défice inferior 03%, o qual acha estar perfeitamente ao alcance do país.
"Os resultados que temos vindo a observar, quer em termos de execução orçamentar quer em termos de evolução da atividade económica, reforçam a nossa ideia de que o resultado que esperamos de ter um défice abaixo dos 03% está perfeitamente ao nosso alcance sem necessidade de novas medidas", afirmou.
Passos Coelho reagia, no Fundão, à declaração do Fundo Monetário Internacional (FMI), que apontou "um risco tangível" de Portugal não cumprir a meta do défice este ano "sem cortes adicionais da despesa" e que "é pouco provável" reverter a austeridade sem conter a despesa com salários e pensões.
Pedro Passos Coelho reiterou que o Governo está "absolutamente comprometido" em ter um défice "claramente inferior" a 0,3%, objetivo para o qual prosseguirá "um caminho de consolidação orçamental e de declínio da dívida pública".
"Se não mantivermos a mesma determinação em diminuir esse endividamento, essa responsabilidade perante terceiros, e se não mantivermos o nosso propósito de rigor e de disciplina, claro que o nosso futuro será menos risonho do que aquilo que nós gostaríamos que fosse", fundamentou, reiterando que tal não implicará novas medidas.
"É nossa convicção de que a meta do défice prevista pelo Governo será atingida sem novas medidas", reafirmou.
Também Paulo Portas reagiu à declaração do FMI para dizer que "os técnicos do FMI têm certa saudade da autoridade que já cá tiveram [Portugal]".
O vice-primeiro-ministro afirmou ainda que o défice ficará este ano, e pela primeira vez, abaixo dos 3%.
