
Paulo Spranger/Global Imagens
Naquela que é a sua primeira biografia, a cantora de 47 anos recorda os episódios de violência doméstica de que foi alvo após o seu primeiro casamento, com aquele que viria a ser o pai do seu filho mais velho.
"Já sofri agressões físicas, já vivi presa em casa, fechada à chave e proibida de falar com a minha família. Sei o que é viver sob ameaças e acordar e deitar-me com medo - daquele que paralisa. Sei o que é violência e sei o que é o medo. E sei que são inseparáveis".
O relato impressionante é de Rita Guerra que, aos 47 anos, conta na primeira pessoa a história de violência doméstica que viveu durante o seu primeiro casamento, que durou quatro anos.
A artista, que casou com apenas 16 anos com o pai do seu filho mais velho Nuno (hoje com 30 anos), recorda no livro "No meu canto - Todos temos o direito de ser felizes!" como tudo começou. "Após a cerimónia [do casamento], foram-me dadas pelo meu marido diretrizes acerca de como as coisas passariam a funcionar a partir dali", explica na obra, acrescentando que foi "praticamente proibida de falar" com os seus pais.
Este turbulento relacionamento com o seu primeiro marido, 12 anos mais velho, é apenas um dos capítulos da vida de Rita Guerra que integra a sua biografia que, apesar de descortinar esta história de violência doméstica, não se centra apenas neste tema. A carreira, as relações falhadas (sem mencionar nomes), a depressão e a maternidade (é ainda mãe de Diogo, de 23 anos, e Madalena, de oito) são outros momentos da vida da artista.
