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A adesão dos médicos dos hospitais de S. José, Capuchos e Desterro à greve contra a falta de pagamento das horas extra diminuiu ontem à tarde, disse à agência Lusa fonte do Centro Hospitalar de Lisboa (CHL).
Manuel Guimarães da Rocha, presidente do conselho de administração do CHL - que reúne os três hospitais -, adiantou que «houve mais adesão da parte da manhã». Segundo o responsável hospitalar, o primeiro dos cinco dias de paralisação registou uma adesão de 23,15% dos 298 clínicos de S. José e de 6,6 % dos 361 médicos das unidades de Capuchos e Desterro.
Os médicos contestam a falta de pagamento das horas extra realizadas em urgência pela tabela máxima do regime de trabalho médico (42 horas) aos clínicos que possuem o horário de 35 horas semanais. Em causa está igualmente a recusa do Ministério da Saúde em pagar as horas extra em urgência aos médicos internos (que efectuam o internato, no âmbito do qual adquirem a especialização), e que a tutela considera estarem ainda em formação.
O responsável pela administração do CHL referiu ainda que as consultas externas da unidade de S. José registaram a falta de 12 médicos, mas asseverou que «não há nenhum caso grave que tenha ficado por tratar». Manuel Guimarães da Rocha reafirmou que «não há nenhuma luta» entre os médicos em greve e a administração, já que esta «fez todos os possíveis para cumprir a lei» que rege o pagamento das horas extra.
Os clínicos do Centro Hospitalar de Lisboa iniciaram ontem uma greve de cinco dias contra o não pagamento das horas extraordinárias, à semelhança do que fizeram em Junho e se preparam para fazer entre 2 e 6 de Agosto.
