A produção televisiva de "Equador" já era pioneira a nível da maior injecção financeira de sempre. Agora, torna-se na primeira série a ser dobrada para efeitos de venda além-fronteiras. São 15 as estações interessadas.
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Se a lengendagem em inglês de um excerto de uma ficção é prática comum por forma a melhorar a promoção internacional da mesma, a dobragem nem tanto, pelo menos por cá. E sendo mais de uma dúzia de canais a sinalizar interesse em "Equador", Margarida Victória Pereira, responsável da TVI pelas aquisições de produtos estrangeiros e vice-versa, confirmou ser uma diligência "inédita" dobrar para espanhol o episódio de arranque. A América Latina será, então, um presumível mercado preferencial.
Depois de cerca "de 15 reuniões com vários países e mesmo com algumas estações de um só país", adiantou que "a série está em fase de avaliação" lá fora, pelo que "nenhuma venda foi fechada por enquanto". E se a adaptação do romance de Miguel Sousa Tavares ao pequeno ecrã tem a mais-valia de a obra literária ser um "best-seller" no exterior, segundo explicou, a série homónima encerra um "handicap": "ser de época".
Apesar de "Equador" ter inúmeros aliciantes do ponto de vista comercial, "quem vê o capítulo no Egipto não tem essa noção", salientou. E deu como exemplo o caso das produções da BBC, que têm tradição nesta vertente. Por norma, "não são tão bem sucedidas quanto um 'Dr. House'".
Mas afinal não seria suposto que "Equador" fosse um êxito junto do mercado internacional? "A crise económica tem sido perniciosa. Se fosse noutra altura era expectável que corresse melhor".