A Fundação de Amparo à Pesquisa do estado brasileiro de Minas Gerais publicou na Internet o primeiro censo da população brasileira que levou em consideração a comunidade escrava, datado de 1872.
De acordo com esse censo, naquela época, o número de escravos no Brasil representava 15,24 por cento da população, que não passava de 10 milhões de pessoas, distribuídas em 21 províncias.
Os estrangeiros representavam 3,8 por cento dos habitantes, sendo a maioria portugueses, alemães, franceses e africanos livres.
Entre as profissões mais comuns destacava-se a de lavrador, seguida por empregado doméstico.
O Censo foi feito um ano após a promulgação da "Lei do Ventre Livre", que tornava livres todos os descendentes de escravos, nascidos a partir daquele ano.
A determinação seguiu-se à Lei Eusébio de Queiróz, de 1850, que já havia estabelecido o fim do tráfico negreiro.
Antes do fim definitivo do regime esclavagista, foi ainda aprovada a Lei dos Sexagenários, de 1885, que tornou livres todos os escravos com mais de 60 anos.
O fim completo da escravatura no Brasil só ocorreu em 13 de maio de 1888, com a Lei Áurea, assinada por Isabel, princesa regente, filha de D. Pedro II do Brasil.
