O regime líbio oferece uma amnistia aos rebeldes que controlam desde há dois meses a cidade costeira de Misrata, a este de Tripoli, se estes cessarem os combates, anunciou um porta-voz do Governo.
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Numa conferência de imprensa, na capital líbia, o porta-voz do Governo, Moussa Ibrahim, deu conta de um comunicado do Ministério da Justiça dirigido aos habitantes da cidade de Misrata, a terceira maior do país, apelando "a todos os grupos armados a baixarem as armas em troca de uma amnistia".
De acordo com a agência de notícia France Presse, a oferta é válida apenas até ao dia 3 de Maio e Moussa Ibrahim deixou da parte do regime a promessa que quem se render poderá deixar a cidade.
A cidade de Misrata, sitiada pelas forças de Khadafi ao fim de dois meses, tem sido palco de violentos confrontos e o porta-voz do Governo confirmou a intenção de atacar todos os navios que tentem atracar no porto da cidade, como tinha já anunciado a televisão estatal.
Na mesma altura, Moussa Ibrahim respondeu às críticas feitas pela Tunísia que denunciou quinta-feira "uma violação da integridade territorial tunisina" pela Líbia, na sequência dos confrontos entre as forças leais ao coronel Kadafi e os rebeldes líbios no posto fronteiriço de Dehiba.
"Bandos armados tentam semear a discórdia entre a Tunísia e a Líbia e criar uma crise humanitária na região para justificar a intervenção da NATO [Organização do Tratado Atlântico Norte, em português]", justificou.
Conquistado pelos rebeldes a 21 de abril e tomado pelas forças governamentais na quinta-feira, o posto fronteiriço voltou para as mãos dos rebeldes algumas horas depois, que desde então o têm protegido à espera de uma nova ofensiva, constatou a France Presse.