O diretor do Serviço Nacional de Geologia e Mineração (Semageomin) do Chile, Enrique Valdivieso, afirmou que a nuvem de cinzas do vulcão Puyehue, que entrou em erupção a 4 de Junho, "dará a volta ao mundo".
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"A nuvem desloca-se a uma velocidade bastante alta e assim continuará", assegurou o especialista.
Em declarações à CNN, Valdivieso alertou que o complexo vulcânico perdeu a estabilidade registada na segunda-feira e que a coluna de fumo chegou aos dez quilómetros na terça-feira.
Na segunda-feira "tivemos colunas baixas de 4,5 e cinco quilómetros", e na terça-feira "registámos uma maior instabilidade, com "uma média de seis sismos por hora", apesar de ser "um fenómeno normal" no contexto da erupção, indicou o responsável.
Segundo o especialista, que sobrevoou o complexo vulcânico em várias ocasiões, a erupção que mantém sob alerta vermelho os municípios de Futrono, Lago Ranco, Río Bueno e Puyehue, no sul do Chile, é similar à ocorrida em 1960.
As autoridades regionais mantêm o "alerta vermelho 6" na zona.
Situado no Anel de Fogo do Pacífico, o Chile tem 2.085 vulcões, dos quais cerca de 125 são geologicamente activos e cerca de 60 tiveram algum tipo de actividade eruptiva nos últimos 450 anos.
O Anel de Fogo da costa do Pacífico reúne algumas das principais zonas de subducção do planeta, causando uma intensa actividade vulcânica e sísmica na região.