Dezenas de milhares de pessoas de todas as idades invadiram este domingo as ruas de várias cidades espanholas para repetir as manifestações contra a crise e o desemprego que se iniciaram há um mês pelos denominados "indignados".
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Em Madrid, a multidão juntou-se na Praça do Neptuno, perto do Parlamento, depois de caminhadas iniciadas em diversas partes da cidade.
"Contra o desemprego. Organizamo-nos para lutar. Vamos marchar juntos contra o desemprego e o capital", lia-se numa faixa que abria caminho à "coluna sudoeste", que se juntou de manhã em Leganes, uma cidade dormitório localizada a 15 quilómetros a sul de Madrid.
O Pacto de Estabilidade da zona euro, o rigor orçamental, os políticos acusados de corrupção e que não ouvem os cidadãos e a elevada taxa de desemprego de 21,29% foram os alvos preferenciais das críticas dos manifestantes.
"Devemos preparar uma greve geral. Vamos parar o país", desafiou um orador ao microfone na manifestação.
O diário espanhol "El Mundo", citando a polícia, referiu que nas manifestações participaram entre 35 a 40 mil pessoas. A agência noticiosa EFE, com base em informações de um instituto de investigação, indicou perto de 38 mil participantes.
Em Barcelona, a segunda cidade mais importante de Espanha, 50 mil pessoas saíram à rua, segundo a polícia, e deslocaram-se até à Praça do Palau (Palácio Nacional), junto ao Parlamento catalão.
Milhares de manifestantes também foram contados em Valência, Granada e Bilbao.