Dominique Strauss-Kahn e Nafissatou Diallo tiveram uma relação sexual "não consentida" mas as declarações "mentirosas" proferidas pela mulher inviabilizam o processo criminal, afirmou o procurador de Manhattan Cyrus Vance.
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Ainda que não conclusivas, as provas reunidas no inquérito sobre a acusação de violação de Diallon contra Strauss-Kahn "correspondem a uma relação sexual não consentida", afirmou na segunda-feira o gabinete de Vance, que pediu ao juiz que retire as acusações contra o antigo presidente do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Os registos de ADN "estabeleceram que vários pontos localizados na parte superior do uniforme da funcionária do hotel, a queixosa, tinham esperma correspondente ao ADN do acusado", prossegue o procurador Cyrus Vance.
No entanto, o dossier da acusação caiu por terra devido a informações repetidas e "falsas" de Diallo, acrescentou. O procurador explicou que a queixosa mentiu repetidamente aos investigadores sobre o seu passado e sobre o que se passou logo após a alegada violação.
Além disso, durante muito tempo Nafissatou Diallo recusou admitir uma conversa telefónica - que está registada - em que refere, um dia depois da presumida agressão, a fortuna de Strauss-Kahn a um amigo que está preso.
O advogado de Nafissatou Diallo denunciou um erro da justiça, depois de a sua cliente se ter reunido com o procurador de Nova Iorque: "O procurador de Manhattan Cyrus Vance recusa o direito à justiça a uma mulher vítima de violação", afirmou Kenneth Thompson.
O ex-diretor-geral do FMI foi acusado de ter abusado sexualmente de Nafissatou Diallo, uma funcionária do luxuoso hotel Sofitel, em Nova Iorque, onde estava hospedado, na noite de 14 de Maio deste ano.
