O Ministério das Finanças da Grécia vai continuar a ser liderado pelo socialista Evangelos Venizelos, no novo governo de coligação, que tomou posse esta sexta-feira. Pela primeira vez em democracia, a extrema-direita está representada no executivo.
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O novo governo tem 17 ministros: 14 socialistas, 2 conservadores (Stavros Dimas e, na Defesa, Dimitris Avramopoulos) e um da extrema-direita.
Evangelos Venizelos, de 54 anos, mantém também o cargo de vice-primeiro-ministro.
Stavros Dimas, de 70 anos, é vice-presidente da Nova Democracia, o principal partido da oposição que, domingo, aceitou participar num governo de coligação para salvar a Grécia da bancarrota.
A equipa formada pelo novo primeiro-ministro Lucas Papademos, antigo vice-presidente do Banco Central Europeu, marca também a entrada da extrema-direita no governo com a nomeação de Makis Voridis para o Ministério dos Transportes e de Adonis Georgiadis para a secretaria de Estado para o Desenvolvimento da Marinha Mercante.
É a primeira vez que a extrema-direita entra num governo grego desde o regresso do país à democracia em 1974.
Makis Voridis e Adonis Giorgiadis são membros da União Popular Ortodoxa (direita nacionalista), quarta formação parlamentar que passou hoje a integrar a aliança governamental com a maioria socialista e a oposição conservadora.
Doze dos ministros socialistas do anterior governo, dirigido por George Papandreou, foram reconduzidos, entre os quais o ministro da Saúde, Andreas Loverdos, a da Educação, Anna Diamantopoulos, e o do Ambiente e Energia, Georges Papaconstantinou.