Dois cidadãos angolanos foram condenados, no sábado, a 18 anos de cadeia pela morte de um cidadão português, em Maio passado, na Namíbia.
Segundo a agência noticiosa angolana Angop, a pena foi aplicada pelo Tribunal Provincial do Cunene, que deu como provada a acusação do crime de homicídio qualificado do português.
Os arguidos, identificados somente como sendo Sebastião e Oliveira, foram ainda condenados pelo crime de roubo e ao pagamento de dois milhões de kwanzas (cerca de 16 mil euros) à família da vítima.
A notícia do homicídio do cidadão português foi reportada a 9 de Maio, quatro dias depois do crime ter sido cometido, pelo jornal "The Namibian", quando noticiou a detenção de dois cidadãos angolanos, um dos quais era agente da polícia angolana na cidade fronteiriça de Santa Clara e o segundo um ex-militar.
Segundo o jornal, que citou então o comissário Abner Agas, da polícia da região de Ohangwena, na Namíbia, que faz fronteira com o sul de Angola, a vítima, de 47 anos, era empresário, com negócios dos dois lados da fronteira.
Segundo a polícia namibiana, o português foi raptado por desconhecidos, que utilizaram para o efeito um veículo todo-o-terreno, de matrícula angolana.
Sebastião e Oliveira foram detidos em Santa Clara, numa operação conjunta das polícias angolana e namibiana, precisou o comissário Abner Agas.
Os dois terão confessado que mataram o empresário português com tiros de uma pistola de nove milímetros, mas que o terceiro homem envolvido no crime, um empregado da vítima, conseguiu fugir com o dinheiro roubado.
O empregado da vítima, identificado hoje pela Angop como sendo Alcino de Jesus Aluengue, terá sido o autor dos disparos e encontra-se em fuga.
O Tribunal Provincial do Cunene, sediado em Ondjiva, deu como não provado o envolvimento no crime de um quarto elemento, Adriano Kondjeni, que saiu em liberdade.
