Oscar Luigi Scalfaro, 93 anos, que foi Presidente da República de Itália de 1992 a 1999, morreu, este domingo, em Roma, noticiaram os meios de comunicação transalpinos.
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Scalfaro esteve na Presidência da República num dos períodos mais duros da história da Itália, segundo a Efe, que refere a questão da ofensiva da máfia siciliana "Cosa Nostra", com os atentados aos juízes Giovanni Falcone e Paolo Borsellino, em 1992.
A Efe cita ainda os anos do caso "Tangentopoli", a extensa rede de corrupção que envolveu todos os grupos partidários da altura, nomeadamente o Partido Socialista.
As exéquias de Scalfaro serão realizadas segunda-feira, em privado, a pedido da família, na Basílica de Santa Maria in Trastevere, na capital italiana.
Como todos os ex-Presidentes, Scalfaro, natural de Novara no Piemonte, ocupava o cargo de senador vitalício.
O jornal "Corriere della Sera" afirma, este domingo, num artigo assinado por Paolo Franchi que Scalfaro foi um expoente da ala mais conservadora da Democracia-Cristã, mas a sua defesa acérrima do Parlamento e da Constituição tornou-o um rival do primeiro Governo de Berlusconni (1994) e posteriormente um fiel aliado dos Executivos de Centro-Esquerda como os de Massimo D'Alema e de Romano Prodi.