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O Supremo Tribunal iraniano confirmou a condenação à morte do informático Said Malekpour, acusado de ter gerido um site pornográfico na Internet.
"A sentença contra Said Malekpour (...) foi confirmada pelo Supremo Tribunal depois de terem sido remediadas algumas irregularidades processuais", noticiou a agência noticiosa Fars, confirmando pela primeira vez uma informação da Amnistia Internacional.
A Amnistia Internacional divulgou esta informação a 20 de Janeiro, depois de ter apelado às autoridades iranianas para não executarem o informático, que vive no Canadá mas foi preso em 2008 durante uma viagem que fez ao Irão, sua terra natal.
Segundo a AI, o informático, de 36 anos, foi vítima, sem o seu conhecimento, do uso fraudulento de um dos seus programas informáticos para difusão de imagens pornográficas na Internet.
Said Malekpour foi condenado à morte em Dezembro de 2010, depois de ter sido declarado culpado pela "concepção e divulgação de sites para adultos", "agitação contra o regime" e "insulto ao Islão", segundo a sua família.
A Amnistia precisou que o Supremo Tribunal iraniano confirmou a condenação à morte por "insulto ao Islão" e que a pena pode ser aplicada a qualquer momento.
De acordo com uma advogada iraniana residente no Canadá, Me Shadi Sadr, em contacto com a irmã de Malekpour, o Supremo Tribunal anulou em Junho passado a condenação à morte, mas veio agora confirmá-la.
O Canadá, os Estados Unidos e a França já protestaram contra esta condenação e apelaram a Teerão para anular a decisão.
