O ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Serguei Lavrov, reconheceu, esta terça-feira, oficialmente que a Rússia continua a fornecer armas ao regime sírio, mas sublinha que elas não são utilizadas nos combates contra a oposição.
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"Claro que continuamos. Assinámos contratos e eles devem ser cumpridos", disse Serguei Lavrov, numa entrevista à cadeia de televisão australiana ABC.
Porém, o chefe da diplomacia russa frisou que os fornecimentos de armas não conduzem ao agravamento da crise na Síria."As armas que fornecemos não são empregues contra os manifestantes", acrescentou.
A oposição ao regime de Bashar Assad tem vindo a pedir a Moscovo que suspenda os fornecimentos de armamento a Damasco, mas as autoridades russas recusam-se a fazer isso, alegando que não estão a violar qualquer lei internacional.
Serguei Lavrov declarou também que a Rússia não tenciona convencer o presidente sírio a renunciar. "A política russa não consiste em pedir a alguém para se demitir. A mudança de regimes não é a nossa profissão", frisou.
Porém, refutou a opinião de que o seu país apoia incondicionalmente Bashar al-Assad, aconteça o que acontecer. "Não somos amigos, nem aliados do presidente Assad", assinalou Lavrov.