
O ex-ministro do Interior Alfredo Pérez Rubalcaba foi eleito, este sábado, secretário-geral do Partido Socialista Operário Espanhol, no decurso do segundo dia do 38.º Congresso Nacional do partido que decorre na cidade de Sevilha, em Andaluzia.
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Rubalcaba venceu com uma diferença mínima, derrotando a sua única rival, Carme Chácon, ex-ministra da defesa do Governo de José Luis Rodríguez Zapatero.
Rubalcaba obteve 487 votos contra os 465 de Chácon, registando-se ainda dois votos em branco e um nulo.
"O Congresso elegeu secretário-geral do PSOE a Alfredo Pérez Rubalcaba", disse o presidente da mesa do Congresso, José Antonio Griñán, depois de ler a acta da comissão eleitoral, saudada com um forte aplauso.
Chácon foi a primeira dos dois candidatos à liderança do partido a regressar à sala da reunião, sendo ovacionada de pé pelos delegados e militantes socialistas que depois voltaram a fazer um grande aplauso para a entrada de Rubalcaba.
Rubalcaba tornou-se, assim, no quarto secretário-geral socialista na etapa democrática em Espanha, sucedendo a José Luis Rodríguez Zapatero, Joaquin Almunia e Felipe González.
Zapatero ocupou o cargo durante mais de 11 anos tendo nesse período liderado o Governo espanhol durante sete anos (entre 2004 e 2011).
Natural de Solares (Cantábria), Alfredo Pérez Rubalcaba - que cumpriu este ano 60 - é doutorado em Ciências Químicas e militante do PSOE desde 1985.
Depois de vários cargos nas áreas educativas, entra na política nacional em 1992 quando assume o primeiro de vários cargos governativos, no caso secretário de Estado da Educação, sendo promovido em 1994 a ministro na mesma pasta.
Foi ministro da presidência do Governo também com Felipe González e a partir de 2000 entra no Comité Federal do PSOE, assumindo entre 2004 e 2008 - na primeira legislatura de José Luis Rodríguez Zapatero - as funções de porta-voz do partido no Congresso.
Em 2006, foi nomeado ministro do Interior e em 2010 acumula com essa pasta as funções device-presidente e porta-voz do Governo.
Abandonou os cargos para ser candidato do PSOE à presidência do Governo nas eleições de dia 20 de Novembro do ano passado e sofreu a pior derrota de sempre dos socialistas.
