O candidato comunista ao cargo de presidente da Rússia, Guennadi Ziuganov, acusou os organizadores de uma manifestação de apoio a Vladimir Putin, esta quinta-feira, em Moscovo, de terem obrigado pessoas a participar.
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"Trabalhadores vieram ter comigo e disseram que iam participar na manifestação de apoio a Putin, pois, caso contrário, seriam despedidos dos seus empregos", denunciou Guennadi Ziuganov perante cerca de dois mil apoiantes.
A imprensa russa denuncia casos em que manifestantes de outras regiões da Rússia foram trazidos para Moscovo de comboio e autocarro para se juntarem aos apoiantes de Putin.
A multidão encheu várias estações do metropolitano moscovita e, empunhando cartazes e bandeiras, marcharam para o Estádio Olímpico de Luzhniki, onde Vladimir Putin realizou um comício.
"Não permitiremos que alguém se ingira nos nossos assuntos internos, não permitiremos que alguém nos imponha a sua vontade, porque nós temos a nossa vontade, ela sempre nos ajudou a vencer", frisou Vladimir Putin perante a multidão. Segundo a polícia, no Estádio Luzhniki juntaram-se mais de 130 mil pessoas.
Os apoiantes do atual primeiro-ministro empunham cartazes com palavras de ordem como "O nosso voto vai para Putin!", "Estar por Putin é estar por nós!", "Escolhe a via correta!", "Confio na Rússia e em Putin!", "Elegemos a estabilidade, elegemos Putin!".
No dia das Forças Armadas, o candidato comunista Guennadi Ziuganov apelou aos militares que "defendam o povo".
"Se eu for eleito presidente, serei dirigente de todos e da Pátria. A saída da crise deverá ser para todos", acrescentou, frisando também que não permitirá "a desintegração do país".
As eleições presidenciais vão realizar-se a 4 de março.