O ex-presidente das Ilhas Baleares, Jaume Matas, foi, esta terça-feira, condenado a seis anos de prisão. Trata-se da primeira sentença a ser conhecida no âmbito do caso Palma Arena, o extenso processo de corrupção que envolve também o genro do rei de Espanha, Iñaki Urdangarin.
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O antigo ministro de José Maria Aznar, do Partido Popular (PP), foi considerado culpado pela Audiência Provincial de Palma de Maiorca por delitos de fraude, falsificação de documentos e prevaricação, que somam uma condenação de cinco anos, três meses e um dia, aos quais há que acrescentar uma pena de nove meses por tráfico de influência.
Jaume Matas ficará também impedido de concorrer a qualquer cargo eletivo durante os próximos nove anos.
O agora ex-político, Matas abandonou o PP assim que foi imputado, torna-se no quarto ex-presidente de uma comunidade autónoma a enfrentar uma pena de prisão.
A justiça espanhola deu, assim, como provado que Matas beneficiou com dinheiro público o jornalista Antonio Alemanyn, do diário "El Mundo", que utilizava a coluna de opinião que tinha no periódico para enaltecer a atividade política do então presidente balear.
A Audiência condenou também o jornalista - responsável pela redação dos discursos de Matas - a três anos e nove meses de prisão.
Os advogados do ex-presidente balear anunciaram já que irão recorrer da sentença. Depois de aplicado o recurso, o ministério público poderá solicitar a prisão preventiva para Matas, ou esperar pela decisão definitiva por parte do Supremo.
Caso seja solicitada a medida preventiva, o ex-governante, que fez vários negócios com Iñaki Urdangarin, poderia dar entrada na prisão nos próximos dias.