
Os Estados Unidos planeiam fortalecer a presença militar na região da Ásia-Pacífico através de alianças, em vez de novas bases militares permanentes, disse o secretário da Defesa norte-americano, Leon Panetta.
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A nova estratégia militar norte-americana para a Ásia prevê o aumento de tropas na região, na próxima década e o uso de armas de tecnologia avançada, para projetar o poder norte-americano, disse Leon Panetta, em declarações aos jornalistas, durante a viagem para Singapura, onde vai participar num fórum sobre segurança e defesa.
"Estamos a implementar uma estratégia muito inovadora na região. Estamos a afastar-nos da estratégia da Guerra Fria, na qual se construíam bases permanentes e, basicamente, impúnhamos o nosso poder na região", referiu.
Na nova estratégia, os planos do Pentágono para expandir a presença no Sudeste Asiático serão desenvolvidos com a colaboração de parceiros e aliados, sem novas estruturas permanentes, e através de exercícios, treinos e operações conjuntas, com os aliados a permitir a utilização de portos e aeroportos locais a navios, tropas e aviões norte-americanos.
"Estamos a desenvolver uma relação inovadora e criativa, na qual realizamos estas mobilizações rotacionais", disse ainda o responsável norte-americano.
Com Washington a enfrentar pressões orçamentais, a nova estratégia é mais barata do que a manutenção de bases permanentes e gera menos oposição política nos países parceiros.
Ao reconhecer a importância económica e estratégica do Pacífico e do Oceano Índico, o presidente norte-americano, Barack Obama, anunciou, em janeiro, que Washington vai atribuir à Ásia um novo destaque, uma alteração de estratégia.
Os analistas estão a encarar esta nova estratégua como um contrapeso ao aumento do poder militar e económico da China.
