
O presidente sírio, Bashar al-Assad, negou, este domingo, que o seu regime tenha tido responsabilidades no massacre de Houla, afirmando que "nem monstros" levariam a cabo um crime tão "feio".
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"O que aconteceu em Houla e no resto do país foram massacres brutais que nem monstros levariam a cabo", disse Assad, num discurso perante o novo Parlamento, o primeiro desde as eleições de 7 de maio, referindo-se pela primeira vez ao massacre de Houla, no qual morreram 108 pessoas, entre as quais 49 crianças.
A oposição e o regime sírios têm-se responsabilizado mutuamente pelo massacre, mas investigadores da ONU afirmam ter suspeitas fortes de que milícias pró-regime são responsáveis por, pelo menos, parte das mortes.
Assad, cuja família está no poder há quatro décadas, tem falado raramente em público desde que começou a revolta popular, a 15 de março de 2011 e de cada vez que o faz refere "um complô de grupos terroristas concertado com o estrangeiro" para semear o caos no país.
Mais de 13.400 pessoas foram mortas desde que começou a revolta, segundo números do Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
