Destroços do avião de Amelia Earhart terão sido descobertos

Amelia Earhart foi uma das mulheres mais importantes na história da aviação, tendo sido a primeira a sobrevoar o Oceano Atlântico. No ano de 1937, a aviadora queria bater um novo recorde, dando a volta ao mundo pela linha do Equador, mas desapareceu, nunca tendo sido encontrado o seu avião.

As expedições e teorias multiplicaram-se ao longo dos tempos e, este ano, no início de julho, uma nova expedição, organizada pelo Grupo Internacional para a Recuperação de Aviões Históricos (TIGHAR) decidiu tentar, pela nona vez, descobrir o destino de Amelia Earhart e do seu colega Fred Noonan.

Os investigadores dirigiram-se a Nikumaroro, uma ilha do arquipélago de Kiribati, no centro do Oceano Pacífico, pois acreditam ter sido aí que o avião se despenhou. Nas fundas águas circundantes à ilha encontraram um campo de destroços, noticia a revista norte-americana "Time".

A expedição começou por procurar peças grandes, mas cedo perceberam que o ambiente subaquático que circunda a ilha é austero. O facto do ambiente ser difícil de explorar, conjugado com problemas técnicos, impediu que se pudesse anunciar a grande descoberta com certeza, tendo até os media reportado que a expedição não havia dado em nada.

No entanto, sexta-feira, o TIGHAR anunciou que um dos seus especialistas havia analisado imagens em alta definição dos destroços, focando-se em artefactos específicos, que comparou com uma fotografia do avião de Earhart, um "Lockheed Electra".

Segundo o especialista, e apesar do estado de degradação, há vários componentes nos detritos que correspondem a peças do aparelho da aviadora, como por exemplo o para-lamas.

Agora os investigadores vão recolher e analisar os detritos, para poder confirmar se os vestígios são autênticos. Até agora foi analisada menos de 30% da informação recolhida no local, devido às complicações técnicas que a equipa enfrentou.