Prosseguem, esta terça-feira, as investigações na quinta da família de José Bretón no âmbito das novas provas que confirmam a morte de Ruth e José, de seis e dois anos. O pai mantém a versão inicial de que as crianças desapareceram quando estavam num parque infantil em Córdoba, em outubro passado.
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Demoraram cerca de três horas as buscas na quinta Las Queimadillas na presença do principal suspeito, José Bretón, que chegou ao local numa carrinha celular proveniente do estabelecimento prisional de Córdoba, onde está detido preventivamente desde 21 de outubro.
O seu advogado adiantou que a polícia não fez qualquer pergunta ao seu cliente e limitou-se "a cumprir a ordem do juiz" tendo recolhido diverso material, nomeadamente, "terra da fogueira, bidões e utensílios, como pás". Foi ainda analisada uma mesa de ferro para verificar se foi submetida às chamas - para pontenciar as altas temperaturas que pulverizaram os corpos - e se a terra onde foi feita a fogueira continha vestígios de gasóleo ou outro material inflamável.
Segundo o advogado, citado pelo "El Mundo", José Bretón não admite culpa na morte dos filhos, apesar de dois especialistas forenses terem concluído que havia presença de restos mortais de Ruth e José, de seis e dois anos, entre as cinzas da fogueira na quinta.
"Não confessou nada, não assumiu a sua culpa. O meu cliente considera uma aberração pensarem que queimou os seus filhos. Bretón mantém a versão dada no primeiro dia", quando garantiu que as crianças desapareceram enquanto estavam a brincar num parque infantil em Córdoba, sublinhou o advogado.
Na fachada da quinta surgiram, esta manhã, novas mensagens de indignação inscritas a negro, como "pena de morte", que se juntaram a outras como "pai assassino" e "monstro".
A par das novas conclusões em torno do destino das duas crianças, a direção do estabelecimento prisional de Córdoba decidiu reforçar as medidas de segurança em torno de José Bretón, que é permanentemente vigiado.