O Governo argentino anunciou, esta quinta-feira, que vai abrir uma investigação ao acidente ferroviário nos arredores de Buenos Aires que provocou a morte de três pessoas e 155 feridos.
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O executivo argentino decidiu também interromper a linha afetada, por 24 horas, a mesma que há um ano registou um outro acidente do qual resultaram 51 mortos.
"Queremos determinar se se tratou de um sinistro ou de um acidente. Se era possível evitá-lo, não foi um acidente e haverá responsáveis", disse o ministro dos Transportes, Florencio Randazzo, em conferência de imprensa.
O ministro anunciou que o serviço da linha Sarmiento, na qual teve lugar o acidente, irá permanecer interrompido durante 24 horas para facilitar as perícias policiais e judiciais.
O acidente ferroviário ocorreu pelas 7.07 horas, (11.07 em Portugal Continental), quando um comboio que circulava com destino a Morón embateu num outro comboio vazio e parado na via.
Segundo Florencio Randazzo, o comboio que embateu "tinha novos freios" e "tinha sido totalmente reparado".
O responsável pelos Transportes do Governo argentino indicou que os peritos já viram a caixa negra do comboio que regista a velocidade a que circulava, a distância do maquinista e travão para evitar o embate, entre outros indicadores.
A empresa concessionária anunciou em comunicado que o comboio travou com normalidade na estação anterior ao embate e posteriormente "cruzou um primeiro sinal de precaução, que determina que deve baixar a velocidade, e três sinais de perigo seguintes".
"Segundo as regras de operação, perante um sinal de perigo, o maquinista deve parar completamente o comboio, situação que não ocorreu", adiantou a empresa.
A linha Sarmiento foi protagonista da tragédia ferroviária de Once, uma das mais dramáticas registadas na Argentina, com 51 vítimas mortais e mais de 600 feridos, em fevereiro do ano passado.