Um padre, um membro dos serviços secretos italianos e um intermediário financeiro foram detidos, esta sexta-feira, no âmbito de uma investigação da justiça italiana ao Instituto das Obras Religiosas (IOR), o banco do Vaticano, anunciou a imprensa.
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De acordo com o portal do jornal Corriere della Sera, o prelado detido é o monsenhor Nunzio Scarano, padre de Salerno, no sul de Itália.
Segundo a televisão Sky TG-24, os três homens são suspeitos de fraude e corrupção.
Inicialmente, referido como sendo bispo, por ostentar o título de monsenhor, por estar há muito tempo no Vaticano, mas já foi confirmado que Scarano é apenas padre.
A detenção dos três homens foi efetuada no âmbito de uma vasta investigação lançada pela justiça italiana em setembro de 2010, visando o então presidente do IOR, Ettore Gotti Tedeschi, e o então diretor-geral, Paolo Cipriani, por branqueamento de capitais.
Fundado em 1942 por Pio XII, o IOR - que tem um património avaliado em cinco mil milhões de euros e gere as contas de milhares de ordens religiosas e de associações católicas - conheceu vários escândalos de grande dimensão no passado.