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Dois jovens que festejavam o afastamento do presidente Mohamed Morsi foram atirados de uma torre e agredidos, no telhado de um edifício em Alexandria, no Egito, por membros da Irmandade Muçulmana. Um foi mesmo lançado do telhado e acabou por morrer.
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A tensão no Egito manifesta-se, dia após dia, entre apoiantes e opositores do presidente Mohamed Morsi. Segundo a Amnistia Internacional, os incidentes ocorridos após a deposição de Mohamed Morsi pelo exército, no passado dia 3 de julho, já fizeram mais de 80 mortos e cerca de 1500 feridos.
Num vídeo amador, divulgado no passado sábado por ativistas egípcios, veem-se dois jovens, que estavam a festejar a saída do presidente Morsi, a procurar refúgio no alto de uma torre, no telhado de um edifício, em Alexandria, para escapar às pedras lançadas por membros da Irmandade Muçulmana, movimento apoiante do presidente egípcio deposto.
Mas os apoiantes de Morsi sobem à torre e lançam os jovens lá do alto para o telhado, onde os agridem. Um dos jovens, identificado como Hamada Badr, foi atirado do edifício e acabou por morrer.
"Sabia que o jovem que foi morto e desfigurado e lançado de um quinto andar só tinha 19 anos e quatro dias?" questionou o pai, Mohammed Badr, ao jornal "el-Watan News".
"Ele era apenas culpado de estar no telhado do edifício a celebrar a saída de Morsi. Mas a Irmandade Muçulmana travou uma guerra contra quem estava a festejar", acrescentou.
Mohammed Badr acrescentou que durante o protesto da Irmandade Muçulmana o seu filho lançou pedras contra os manifestantes e eles reagiram violentamente matando-o.
"Depois de o atirarem do edifício, queriam fazer o mesmo aos outros [opositores de Morsi que festejavam] mas as pessoas do bairro impediram-os", indicou o pai do jovem morto.
