O governo britânico condenou, esta quarta-feira, a utilização da força como arma para dispersar as manifestações que se têm erguido em apoio ao presidente deposto do Egito. Reino Unido, França e Alemanha apelam às autoridades para agir com moderação. Os confrontos no Egito, entre manifestantes e a polícia, já registaram dezenas de mortos.
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Desde o fim do Ramadão, no passado fim-de-semana, que o governo interino do Egito ordenou uma operação policial com o fim de desmantelar os acampamentos dos manifestantes pró-Morsi. Mohamed Morsi, eleito presidente em 2012, foi destituído, no passado mês de julho, pelas forças militares. A deposição tem motivado milhares a manifestarem-se em apoio ao presidente destituído.
A violência da ação policial, realizada esta quarta-feira, está a chocar a comunidade internacional.
O chefe da diplomacia britânica, William Hague, mostrou-se "profundamente preocupado com a escalada da violência no Egito". "Condeno o uso da força para dispersar manifestantes e apelo às forças de segurança para agirem com moderação", referiu em comunicado.
Guido Westerwelle, ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, apelou a todas as forças políticas no Egito para "impedirem uma escalada da violência".
"Apelamos a todas as forças políticas para impedirem uma escalada da violência (...) Pedimos a todas as partes para retomarem o diálogo político", referiu aos jornalistas em Berlim.
Em França, um porta voz-voz do Ministro dos Negócios Estrangeiros, Vincent Floréani, declarou que "a França lamenta profundamente a violência no Cairo", em referência às manifestações que aconteceram nos últimos dias. "É essencial que a violência cesse e que a calma prevaleça", afirmou.
"A França apela à máxima moderação e adverte para um uso desproporcionado da força", acrescentou o porta-voz.
"Condeno os massacres e a violência no Egito. A principal responsabilidade é das forças do regime. É extremamente difícil retomar o diálogo político", escreveu também Carl Bildt, chefe da diplomacia da Suécia, no Twitter.