O hospital John Peter Smith, em Fort Worth, no Texas, EUA, desligou os sistemas de apoio de vida de Marlise Munoz, de 33 anos, grávida e em morte cerebral, depois de uma resolução judicial ter dado razão à família.
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O hospital anunciou que ia acatar a decisão judicial e os advogados da família, em nome do marido de Munoz, Erick, informaram que o corpo foi desligado do ventilador pelas 11.30 horas locais (17.30 em Portugal Continental).
Marlise estava grávida de 14 semanas, mas o feto sofria de hidrocefalia, transtorno gerado pela acumulação de água em excesso no cérebro e que, geralmente, destrói as principais funções cerebrais e pode provocar paralisia.
A família de Marlise defendeu aquela solução desde o primeiro momento, quando a antiga paramédica sofreu uma embolia cerebral e foi declarada em situação de morte cerebral. Marlise nunca se mostrou favorável à manutenção artificial da vida.
Sexta-feira, o juiz deu razão à família, e, no sábado, os dirigentes do hospital debateram se iam respeitar a sentença, tendo finalmente anunciado que ia desligar os sistemas de apoio de vida, "já que isso era uma decisão familiar".
Como em cerca de 20 estados norte-americanos, no Texas (sudoeste), a lei proíbe que o suporte de vida seja desligado caso a doente esteja grávida.
A lei, aprovada em 1989 e modificada em 1999, estabelece que ninguém pode suspender um tratamento para manter artificialmente a vida se a doente estiver grávida.