
Líderes dos países mais ricos reuniram-se esta segunda-feira
JERRY LAMPEN/AFP
Os líderes das maiores economias do Ocidente decidiram, esta segunda-feira, excluir Vladimir Putin das reuniões do G8, deixando-o de fora das reuniões diplomáticas em que a Rússia tem participado nos últimos 15 anos.
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Numa declaração conjunta, depois de uma reunião de duas horas entre os líderes das quatro maiores economias na Europa, Japão, Canadá e EUA, os líderes das sete nações decidiram que a reunião do G8 planeada para Sochi, em junho, se vai realizar em Bruxelas, sem a participação da Rússia.
"Este grupo reuniu-se por causa de crenças e responsabilidade partilhadas. As ações da Rússia nas últimas semanas não são consistentes com elas", pode ler-se no comunicado final da reunião. "Vamos suspender a nossa participação no G8 até que a Rússia mude de rumo", afirmam.
O grupo dos sete países mais industrializados do mundo (G7) declarou estar preparado para aumentar as sanções à Rússia se Moscovo não inverter a escalada da crise na Ucrânia, que abalou as suas relações diplomáticas.
"Continuamos prontos para intensificar ações, incluindo sanções setoriais coordenadas que terão um impacto significativamente crescente na economia russa, se a Rússia continuar a fazer a situação piorar", disse o G7 em Haia, numa declaração difundida depois das conversações sobre a crise desencadeada com a integração da Crimeia pela Rússia.
"Os circuitos diplomáticos para inverter a escalada da situação permanecem abertos, e encorajamos o Governo russo a utilizá-los", lê-se no documento, em que os membros do G7 deixam também um apelo a Moscovo para que inicie conversações com a Ucrânia e "aproveite as ofertas de mediação internacional".
"Mantemo-nos firmes no nosso apoio ao povo da Ucrânia, que quer restaurar a unidade, a democracia, a estabilidade política e a prosperidade económica no seu país", lê-se ainda no texto.
