Governo italiano anuncia 15 mil novos postos de trabalho na administração pública
O Governo italiano prevê criar 15 mil novos postos de trabalho, anunciou esta sexta-feira o primeiro-ministro, Matteo Renzi, que apresentou um pacote de medidas para reformar a administração pública e para combater a corrupção.
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"Trata-se de reformas que pretendem impulsionar uma mudança geracional na administração pública", anunciou Renzi, numa conferência de imprensa na sede do governo italiano, Palácio Chigi, após a reunião do Conselho de Ministros.
O Partido Democrata, que obteve mais de 40% dos votos nas eleições para o Parlamento Europeu, em maio, aprovou esta sexta-feira um decreto-lei que inclui a criação de 15 mil novos lugares na administração pública.
O diploma prevê outras medidas como menos honorários para os advogados públicos, a redução para metade dos impostos que as empresas pagam à Câmara de Comércio italiana - que permitirá uma poupança anual de dois mil milhões de euros - e da fatura energética para as pequenas e médias empresas.
O governante italiano anunciou ainda medidas de combate à corrupção, nomeadamente concedendo maiores poderes à Autoridade Nacional Anticorrupção (Anac), presidida pelo magistrado italiano Raffaele Cantone.
"A partir de agora, a Anac terá o poder de controlar e supervisionar a assinatura de contratos e serviços públicos", afirmou.
O juiz Cantone passará também a desempenhar o cargo de comissário extraordinário e contará com o apoio de uma equipa de quatro membros e, se constarem práticas ilícitas na administração, poderá formar um grupo de comissários para analisarem a contabilidade das atividades de cuja legalidade duvide.
O decreto-lei foi apresentado dias depois de terem sido conhecidas alegadas práticas ilegais em Milão e Veneza, cujo presidente da câmara se demitiu também se demitiu esta sexta-feira na sequência de acusações de financiamento ilegal da sua campanha eleitoral em 2010.