
O deputado assassinado
MIGUEL GUTIERREZ/EPA
O ministro do Interior venezuelano, Miguel Rodríguez Torres, revelou existirem indícios de que o assassínio do deputado do partido do Governo Robert Serra e da sua assistente, Maria Herrera, "obedeceu a uma macabra encomenda".
"Não se trata de um ato azarado. Estamos na presença de um homicídio intencional, planeado e executado com grande precisão. Segundo as evidências obtidas, foi um homicídio planeado, organizado ao pormenor e com muita técnica", disse Miguel Rodríguez Torres durante uma conferência de imprensa em Caracas.
O corpo do deputado do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) e da sua companheira foram encontrados na noite da última quarta-feira (manhã desta quinta-feira em Lisboa) na sua residência em Caracas.
Segundo o diário Últimas Notícias, há sinais de tortura no corpo do parlamentar, cuja morte ocasionou reações de condenação da parte de simpatizantes do PSUV e do Governo venezuelano, que têm apelado os companheiros à paz.
Também a oposição, que suspendeu uma mobilização prevista para sábado, já pediu que "os assassinos sejam castigados".
"Uma dor imensa invade-nos perante o assassínio de Roberto Serra, líder bolivariano e 'chavista'. Que Deus te eleve à sua glória (...) Robert continuaremos com o teu exemplo, leais e firmes pelo caminho da revolução que sempre defendeste com paixão", escreveu o Presidente Nicolás Maduro no Twitter.
Usando também o Twitter, o ex-candidato presidencial da oposição, Henrique Capriles Radonski, condenou também o assassínio.
"A morte de qualquer venezuelano merece a nossa mais enérgica condenação, é o clamor nacional (que) a violência acabe, paz à alma do deputado Robert Serra", escreveu Henrique Capriles.
Líder do movimento estudantil e advogado de profissão, Roberto Serra, de 27 anos, foi eleito deputado pelo PSUV em 2010.
