
Violações na Índia aumentaram mais de um terço em 2014
EPA
Cinco homens foram detidos sob suspeita de terem violado, ao longo de mais de um mês, uma turista japonesa, em Calcutá e Bogh Gaya, na Índia. As autoridades falam na existência de um gangue de violação de mulheres que viajam sozinhas.
A estudante japonesa, de 23 anos, foi abordada quando chegou a Calcutá, numa área muito frequentada por turistas, por dois dos detidos que se identificaram como guias turísticos. "Um deles falava japonês fluentemente", disse o comissário da Polícia daquela cidade, Pallav Kanti Gosh, à BBC.
A 23 de novembro do ano passado, os suspeitos levaram-na para um "resort", onde a violaram repetidamente e lhe roubaram 76 mil rupias (quase mil euros) através do cartão multibanco.
A vítima foi depois transportada para Bodh Gaya, uma localidade muito procurada por budistas e turistas, onde foi entregue aos restantes membros do gangue e violada durante semanas.
A jovem acabou por conseguir fugir e chegar até à cidade de Varanasi, de onde viajou para Calcutá, onde procurou ajuda no consulado japonês, no passado dia 26 de dezembro.
Note-se que, em Nova Deli, capital da Índia, o número de violações aumentou quase um terço em 2014. Até 15 de dezembro do ano passado, foram registados 2.069 incidentes de violação, enquanto, em 2013, tinham sido processados 1.571 casos.
Nova Deli passou a ser designada como "capital da violação", desde que, há dois anos, uma estudante de 23 anos foi assassinada e violada por um grupo de homens dentro de um autocarro, desencadeando uma vaga de protestos por toda a Índia e obrigando ao endurecimento da lei relativa às agressões sexuais.
