
Estado Islâmico divulgou fotografias da execução
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Oito polícias iraquianos foram executados pelo Estado Islâmico, depois de se terem alistado no grupo extremista e sido descobertos a ajudar o Governo do país. Imagens da execução surgem poucos dias depois de ter sido publicado mais um vídeo protagonizado pelo refém britânico John Cantlie
O Estado Islâmico divulgou, esta segunda-feira, um conjuntos de fotografias que mostram a execução, a tiro, de oito polícias iraquianos infiltrados. Com o estilo já conhecido, nas imagens da execução (da qual será divulgada um vídeo) é possível ver os oito homens vendados, com fatos cor-de-laranja e alinhados em frente a homens armados vestidos de negro.
A morte destes homens segue-se à alegada descoberta de que estariam infiltrados no Estado Islâmico (EI) para ajudar o Governo iraquiano sinalizando alvos, que seriam atacados pelos aviões da coligação internacional.
Algumas das vítimas têm microfones na lapela e são identificadas pelo nome, pelo que se presume que terão sido entrevistados para um vídeo do grupo jiadista. O EI afirma que os oito homens se tinham convertido em Sunitas para se alistar no grupo.
Todos os prisioneiros foram mortos com uma bala na cabeça. Depois da execução, os jiadistas posaram para uma fotografia de grupo em que empunhavam as armas.
Oitavo vídeo com John Cantlie
Esta execução é divulgada depois de, na última sexta-feira, um vídeo de propaganda com o refém John Cantlie ter sido publicado pelo Estado Islâmico, para mostrar que a cidade de Mossul, no Iraque, estará a viver um dia-a-dia normal.
No oitavo vídeo com Cantlie, que foi sequestrado há mais de dois anos, o fotojornalista britânico apresenta um vídeo de oito minutos pelas ruas de Mossul, uma das maiores cidades do Iraque, vestido com roupas ocidentais e garantindo que as notícias dos meios de comunicação ocidentais são mentira.
"Esta não é uma cidade que vive com medo, como os média ocidentais gostariam que acreditassem", afirma o jornalista, depois de citar várias notícias que dão conta da falta de eletricidade, falta alimentos e da repressão que se vive naquela cidade tomada pela EI em junho.
No vídeo, Cantlie mostra um hospital e circula por um mercado, para garantir que o comércio continua a trabalhar com normalidade, e até anda de mota com um polícia, afirmando que Mossul é uma região segura.
Um dos momentos mais peculiares do vídeo acontece quando Cantlie repara num avião - possivelmente da coligação - por cima da cidade e grita em tom irónico: "Aqui em baixo! Larguem uma bomba! Tentem resgatar-me novamente! Façam alguma coisa! Inúteis! Absolutamente inúteis!".
