O governo brasileiro informou que chamou o seu embaixador em Jacarta, na Indonésia, após a execução, este sábado, de um brasileiro condenado à morte por tráfico de drogas, noticia o jornal "Folha de São Paulo".
Marco Archer Cardoso Moreira, de 53 anos e instrutor de voo livre, foi morto por fuzilamento, após esperar 10 anos no corredor da morte. O brasileiro pediu clemência, sem sucesso, assim como a Presidente brasileira, Dilma Rousseff, que ligou para o seu homólogo indonésio, mas não teve a solicitação atendida.
Rousseff disse estar "consternada e indignada" com a execução, em nota divulgada hoje pelo Ministério das Relações Exteriores, e lamentou que o Presidente Joko Widodo tenha negado o seu pedido de clemência.
"A Presidenta Dilma lamenta profundamente que esse derradeiro pedido, que se seguiu a tantos outros feitos nos últimos anos, não tenha encontrado acolhida por parte do Chefe de Estado da Indonésia(...). O recurso à pena de morte, que a sociedade mundial crescentemente condena, afeta gravemente as relações entre nossos países", diz a nota.
O Ministério afirmou ainda que a Presidente dirigiu uma palavra de "pesar e conforto à família enlutada".
O cidadão brasileiro condenado à morte foi executado este sábado conjuntamente com outras cinco pessoas, entre elas quatro estrangeiros, noticiou o "Indonesian on Sunday", citando fonte do gabinete do procurador-geral da Indonésia.
Além do Brasil, os cidadãos estrangeiros eram originários da Holanda, Vietname, Malawi e Nigéria e foram todos executados por um pelotão de fuzilamento, noticiou a AFP.
