
Cinco pessoas foram executadas no passado sábado na Indonésia fazendo temer por igual desfecho para Rodrigo Gularte
BAYU NUR/EPA
Um segundo cidadão brasileiro condenado à morte na Indonésia aguarda a execução da sentença. A esperança de Rodrigo Gularte é um relatório médico que comprova que desenvolveu problemas mentais desde que foi preso em 2004.
De acordo com o jornal "Gazeta do Povo", de Curitiba, a família do surfista, de 42 anos, e há quase 10 anos preso na Indonésia, está a tentar adiar a execução, ainda sem data oficial, com base num diagnóstico de esquizofrenia após tersido recusado o pedido de clemência da presidente Dilma Rousseff e a execução de Marco Moreira ter mesmo avançado.
A "Gazeta do Povo" afirma que a estratégia da família terá recebido o aval da embaixada brasileira em Jacarta e que o documento médico será levado nos próximos dias para Jacarta, na Indonésia, por uma prima de Gularte.
Rodrigo Gularte foi preso no aeroporto de Jacarta, em julho de 2004, quando tentava entrar na Indonésia com 6 quilogramas de cocaína escondidas nas suas pranchas de surf. Foi condenado à pena capital no ano seguinte.
O cidadão brasileiro terá tentado o suicídio pouco depois, ateando fogo ao seu próprio corpo, segundo informações veiculadas na imprensa indonésia mas que não foram confirmadas pela família.
Sábado passado, numa entrevista à Globonews, a mãe de Rodrigo Gularte disse que o filho "está com uma grave doença mental". "Agora estamos lutando para que ele seja transferido para um hospital psiquiátrico", afirmou, contando já ter ido à Indonésia oito vezes para ver o filho. "Visitei-o todas essas vezes, mas o contato por telefone é raro, não há permissão. A gente tem notícias através da Embaixada e do governo também".
O último contato foi há três meses, segundo a mãe: "Lá, a prisão é relativamente boa, eles têm liberdade entre as grades, os guardas são muito educados. Mas da última vez que eu o vi tinha emagrecido 13 quilos".
