O diretor da agência de informações norte-americana CIA, John Brennan, disse, esta sexta-feira, que os EUA não desejam um colapso caótico do regime sírio, porque poderia abrir caminho à tomada do poder por extremistas islamitas.
Este dirigente da espionagem dos EUA adiantou que Washington tem razões para se preocupar com quem pode substituir o presidente sírio, Bashar al-Assad, se o seu governo cair, dado o vigor de organizações como o auto designado Estado Islâmico, ou Daesh.
"Penso que é uma preocupação legítima", respondeu Brennan, quando questionado se os EUA receiam o sucessor de Assad.
Ao falar durante uma conferência no clube de reflexão Centro de Relações Externas, disse que "elementos extremistas", incluindo o Daesh e veteranos da Al-Qaeda, são "dominantes, agora mesmo", em algumas partes da Síria.
"A última coisa que queremos é autorizá-los a marchar sobre Damasco", insistiu.
Os EUA pretendem que Assad não tenha qualquer papel no futuro da Síria, mas o governo do presidente Barack Obama, bem como outros governos, querem uma solução política que garanta um governo representativo, adiantou.
"Nenhum de nós, a Rússia, os EUA, os Estados regionais e da coligação, quer ver um colapso do governo e das instituições políticas em Damasco", afirmou Brennan.
A comunidade internacional, contrapôs, favorece um eventual acordo que permita "um governo representativo que procure resolver os problemas que existem em todo o país".
