
Fila para comprar produtos de higiene dentro de uma farmácia
JORGE SILVA/REUTERS
A escassez de produtos básicos na Venezuela chega a limites quase caricatos.
Alguns hotéis venezuelanos estão a pedir aos turistas que levem o seu próprio papel higiénico e sabão. A revelação foi feita pelo presidente da Câmara de Turismo da cidade de Mérida.
Já no final do ano passado, o setor da hotelaria tinha-se queixado de dificuldades para conseguir papel higiénico, sabonetes e detergentes, necessários para o funcionamento quotidiano.
A queda no preço do barril de petróleo agravou a escassez de produtos de consumo, num país que importa a maioria dos seus bens e tem na exportação petrolífera cerca de 95% das receitas provenientes do exterior.
As restrições das autoridades venezuelanas aos produtos importados já tinham chegado ao leite e a outros produtos básicos, incluindo de higiene.
Recorde-se que, em dezembro, preservativos e outros contracetivos começaram a desaparecer de muitas farmácias e clínicas venezuelanas, quando o governo limitou o recurso a divisas ao mesmo tempo que as receitas do petróleo baixaram.
A própria cadeia norte-americana de "fast food" McDonald's viu-se obrigada a substituir as tradicionais batatas fritas por acompanhamentos venezuelanos mais típicos, como mandioca frita, uma vez que as batatas consumidas pela McDonald's da Venezuela são provenientes da Argentina, do Canadá e dos Estados Unidos da América.
