
As autoridades turcas bloquearam as redes sociais para impedir a publicação de uma imagem do sequestro de um procurador, na semana passada.
Os sites do Twitter, Facebook e YouTube ficaram inacessíveis para muitos utilizadores turcos na sequência de uma ordem enviada pela justiça turca para as empresas fornecedoras dos serviços, segundo o jornal "Hurriyet".
A ordem, segundo o jornal, abrange 166 sites que difundiram uma fotografia do sequestro.
O YouTube colocou na sua página o texto legal e uma nota em que explica ter aplicado uma "medida administrativa" da autoridade turca de telecomunicações (TIB).
Na terça-feira passada, dois membros de um grupo de extrema-esquerda sequestraram o procurador Mehmet Selim Kiraz no Palácio da Justiça de Istambul.
O procurador chegou a ser resgatado numa operação policial, durante a qual os dois atacantes foram mortos, mas sofreu ferimentos de bala que acabaram por lhe causar a morte, horas depois.
A fotografia em causa, mostrando o procurador com uma pistola encostada à cabeça, foi divulgada pelos sequestradores na internet durante o incidente.
A justiça turca aplicou várias vezes medidas para controlar as redes sociais desde que, em março de 2014, o Twitter e o Facebook foram bloqueados por difundirem alegações de corrupção contra o presidente, Recep Tayyip Erdogan, ministros e familiares.
