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Rachel Dolezal, uma conhecida ativista dos direitos civis em Washington, EUA, ter-se-á disfarçado de afro-americana desde há vários anos, tentando encobrir as suas verdadeiras origens alemã e checa. O caso está a chocar os norte-americanos.
Segundo os pais biológicos de Rachel Dolezal, Ruthanne and Larry, ambos brancos, a filha começou a alterar a sua aparência física quando se divorciou, em 2004. "A Rachel tem querido ser alguém que não é. Escolheu não ser ela própria e representar-se como uma mulher afro-americana ou bi-racial, o que, simplesmente, não é verdade".
Numa entrevista à estação televisiva de Spokane "KREM 2 News", os pais mostraram fotografias da infância de Rachel, uma menina de pele clara e cabelos lisos e louros, assim como a certidão de nascimento.
Rachel, de 37 anos, adotou dois irmãos negros, casando mais tarde com um afro-americano, de quem se divorciou há 11 anos. Além de presidente de uma organização de defesa dos direitos civis das minorias de raça negra, em Spokane, é professora de Estudos Africanos na Universidade de Eastern Washington. É uma figura recorrente nos média quando se trata de falar de justiça racial.
Antes de reagir publicamente às declarações dos pais - com quem não mantém relação -, a ativista disse que irá, em primeiro lugar, falar com a direção da organização que representa, a Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor (NAACP).
"A questão não é tão simples como parece. Há muitas complexidades e não sei todos irão compreender isso. Todos descendemos do continente africano", disse.
