
"É a minha obrigação e estou feliz por cumpri-la", disse o milionário
Lucas Jackson/REUTERS
O magnata Donald Trump interrompeu segunda-feira a campanha para ser o candidato presidencial norte-americano do Partido Republicano para fazer parte de um júri de tribunal, mas a sua participação acabou por ser rejeitada.
De acordo com a imprensa norte-americana, Donald Trump, o favorito nas sondagens para ser o candidato apresentado pelo Partido Republicano às presidenciais norte-americanas, passou o dia de segunda-feira em tribunal à espera de ser escolhido, ou não, para integrar um júri, mas acabou por ser descartado.
Ainda de acordo com a imprensa, Trump há anos que conseguia fugir a esta obrigação por que passam muitos americanos, mas esta segunda-feira teve mesmo de passar o dia no Supremo Tribunal de Nova Iorque, em Manhattan.
"É a minha obrigação e estou feliz por cumpri-la", disse o milionário aos jornalistas nas escadas que conduzem ao edifício judicial.
Trump entrou no edifício minutos depois das 9 horas locais e, depois de uma pausa para almoço, saiu cinco horas depois, sem que tivesse tido de cumprir a obrigação cívica imposta por sorteio a milhares de norte-americanos todos os anos.
A presença de personalidades do mundo político e artístico norte-americano nos tribunais é habitual, mas normalmente não são escolhidos para fazer parte do júri.
Entre os que já passaram por este processo estão nomes como Madonna ou os cineastas Woody Allen e Spike Lee.
Donald Trump tem estado à frente das sondagens apesar das suas declarações polémicas e que geram bastantes críticas de vários setores, incluindo do seu partido.
No domingo, por exemplo, disse que, caso ganhe as eleições em 2016, deportará todos os imigrantes indocumentados.
Trump fez estas declarações numa entrevista ao canal televisivo NBC, acrescentando que rescindirá as ordens do atual Presidente, Barack Obama, que impedem a expulsão dos jovens indocumentados que chegam ao país, assim como os pais de cidadãos norte-americanos ou filhos com estatuto legal.
"Manteremos as famílias unidas, mas têm que se ir embora", sublinhou o magnata do imobiliário, numa entrevista gravada no seu avião particular, durante uma visita, este fim de semana, à feira Estadual de Iowa.
"Trabalharemos com eles. Têm de ir-se embora. Ou temos um país ou não temos um país", disse o multimilionário.
"Temos - disse - que criar novos padrões" para os imigrantes que chegam aos Estados Unidos, onde se calcula que vivam mais de 11 milhões de indocumentados.
Depois da entrevista, Trump publicou na sua página de candidatura na Internet o programa da sua reforma migratória, no qual sublinha que "uma Nação sem fronteiras não é uma Nação" e defende a construção de um muro na fronteira com o México.
