
Kamilah Brock partilha fotografias suas com o BMW da polémica via Instagram
Uma mulher afro-americana foi internada num hospital psiquiátrico durante oito dias porque as autoridades não acreditavam que o carro que conduzia, um BMW, lhe pertencia. Um ano depois, a vítima contou o que se passou.
A vida de Kamilah Brock, uma bancária de 32 anos, mudou há um ano, em Nova Iorque, quando foi intercetada pela polícia a conduzir um BMW. Na altura, os agentes que a pararam perguntaram-lhe por que razão não tinha as mãos no volante. Kamilah respondeu que estava a dançar, enquanto esperava num semáforo.
Foi, aparentemente, o suficiente para que os agentes a considerassem louca. Foi levada para a esquadra, onde teria de se voltar a apresentar no dia seguinte, com a sua viatura. Quando o fez, foi algemada e levada à força para uma ambulância, que a levou até um hospital psiquiátrico em Harlem.
Segundo Michael Lamonsoff, o advogado de Brock, injetaram-lhe fortes sedativos e foi forçada a tomar várias doses de lítio. Quando saiu, oito dias depois, tinha uma conta de mais de 11 mil euros à sua espera.
Um ano depois, Kamilah decidiu contar a sua versão da história. "Desde o momento em que disse que era proprietária do BMW que sinto que me olham como uma mentirosa", confessou, no sábado, a bancária ao jornal britânico "The Independent".
Durante os oito dias que esteve no hospital, o pessoal médico tentou várias vezes que Brock confessasse que o BMW não lhe pertencia, que não era bancária, e ainda que negasse que o Presidente Barack Obama a "seguia" no Twitter.
Ao jornal "Huffington Post", Lamonsoff lamenta o que, segundo ele, foi um ato de racismo por parte das autoridades. "Se ela fosse uma mulher branca isto não teria acontecido", acredita. Não existe nenhum historial de doenças mentais na família de Kamilah Brock, garante o defendor da vítima.
