
Rússia está a fazer bombardeamentos na Síria há uma semana
Khalil Ashawi/Reuters
Uma grande maioria dos ataques militares russos na Síria não foi dirigida contra o grupo que se designa por Estado Islâmico ou combatentes ligados à al-Qaeda, incidindo antes sobre a oposição síria moderada, afirmou o Departamento de Estado norte-americano.
"Mais de 90% dos ataques que os vimos fazer até hoje não foram contra o ISIS [sigla em inglês para Estados Islâmico no Iraque e na Síria] ou terroristas filiados na al-Qaeda", disse o porta-voz do Departamento de Estado, John Kirby.
"Foram dirigidos contra grupos da oposição que querem um futuro melhor para a Síria e não querem que o regime de al-Assad permaneça no poder", acrescentou.
Esta foi a primeira vez que as autoridades norte-americanas avançaram números concretos sobre o impacto dos ataques aéreos russos no país em guerra.
A acusação surgiu no momento em que Moscovo, que garante estar a atacar "grupos terroristas", incluindo o ISIS, intensificou os seus bombardeamentos na Síria.
Washington, que tem apoiado a oposição moderada síria, tem dito que a ação russa vai apenas intensificar o conflito e beneficiar o regime do Presidente sírio, Bashar al-Assad.
