A Arábia Saudita executou 47 pessoas condenadas por terrorismo, entre as quais o dignitário chiita Nimr Baqir al-Nimr, figura da contestação contra o regime saudita, anunciou hoje o Ministério do Interior.
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Estas são as primeiras execuções de 2016 na Arábia Saudita, um país ultraconservador que executou 153 pessoas em 2015, segundo uma contagem realizada pela agência France Presse (AFP) com base em números oficiais.
A lista dos executados não inclui o sobrinho de Nimr Baqir al-Nimr, Ali al-Nimr, que tinha 17 anos quando foi preso na sequência de protestos.
O comunicado do Ministério do Interior, publicado na agência oficial de notícias SPA, refere que as 47 pessoas executadas tinham sido condenadas por terem adotado a ideologia radical "takfiri", juntando-se a "organizações terroristas" e implementando várias "parcelas criminosas".
A lista também inclui sunitas que foram condenados por envolvimento em ataques reivindicados pela Al-Qaeda perpetrados no reino em 2003 e 2004 e que mataram sauditas e estrangeiros.
Na lista está um egípcio e um chadiano, sendo os restantes sauditas.