Tiros e explosões foram hoje ouvidos num dos principais hotéis de Ouagadougou, capital do Burkina Faso, tendo a embaixada de França afirmado que se tratou de um "atentado terrorista".
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Segundo jornalistas da Agência France-Presse, pelo menos três homens dispararam e cerca de 10 veículos foram incendiados na rua onde se situa o hotel de quatro estrelas "Splendid", numa área central e movimentada da capital do Burkina Faso.
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O "Splendid" é geralmente utilizado por funcionários da ONU e por cidadãos ocidentais, sensivelmente os mesmos frequentadores do café-restaurante "Cappuccino Splendid", localizado frente ao hotel e também atingido.
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O ataque ao café-restaurante Cappuccino de Ouagadougou causou "vários mortos", segundo um empregado do estabelecimento contactado telefonicamente pela AFP.
Este funcionário do café, muito frequentado à noite e que dispõe de uma pequena esplanada na Avenida Nkrumah, na capital do Burkina Faso, não estava em condições de dar informações mais exatas.
Entretanto, um polícia que procurava aproximar-se do hotel foi ferido por balas, segundo outros agentes.
O ministro dos Negócios Estrangeiros do Burkina Faso, Alpha Barry, disse à AFP que havia "vítimas e reféns" no ataque e adiantou que estava em preparação um assalto das forças governamentais.
Barry avançou que o assalto poderia ter "apoio de forças estrangeiras, designadamente francesas".
"Sabemos que existem vítimas e reféns. A zona está bloqueada pelas forças da ordem, enquanto se espera pelo assalto para libertar os reféns. De momento, são as forças burquinesas que estão no local, mas não excluímos o apoio de forças estrangeiras, designadamente das forças especiais francesas", estacionadas em permanência nos arredores de Ouagadougou, avançou o ministro que assumiu funções esta semana.
A Al-Qaida no Magrebe Islâmico já reivindicou a autoria do ataque ao hotel Splendid e ao café-restaurante Cappuccino, ocorrido na capital do Burkina Faso, segundo o sítio na internet especializado nestes movimentos SITE.
O ataque ao hotel começou pelas 19:45 locais (mesma hora de Lisboa) e continuava em curso às 22:45, com disparos esporádicos.
O ataque ocorre menos de dois meses depois de um atentado 'jihadista' ao "Radisson Blu Hotel", em Bamako, a 20 de novembro, ter causado a morte a 20 pessoas, 14 das quais estrangeiras.
No último mês, Roch Marc Christian Kaboré, de 58 anos, tomou posse como Presidente do Burkina Faso, tornando-se o terceiro civil a assumir o cargo entre os nove chefes de Estado que o país teve desde que, em 1960, se tornou independente da França.