
Há medo de que muitas delas sejam exploradas, incluindo sexualmente, pelo crime organizado
Muhammad Hamed/Reuters
Mais de 10 milcrianças migrantes não acompanhadas desapareceram na Europa entre 18 e 24 de dezembro passado, estima a Europol, agência de polícia europeia, que teme que muitas delas sejam exploradas, incluindo sexualmente, pelo crime organizado.
Os números, que foram divulgados na Internet pelo semanário britânico "The Observer", foram confirmados à agência AFP pelo gabinete de imprensa da Europol.
De acordo com Brian Donald, diretor da Europol citado pelo "The Observer", os números divulgados respeitam a crianças a quem se perdeu o rasto após o seu registo pelas autoridades europeias. Cerca de metade delas desapareceu em Itália.
Destas 10 mil desaparecidas, nem todas "serão exploradas para fins criminais", adiantou. Algumas destas crianças migrantes ter-se-ão reunido com membros da sua família, "só que não sabemos onde estão, o que fazem ou com quem", acrescentou.
Cerca de um milhão de migrantes chegaram à Europa no ano passado, naquela que é a pior crise migratória nesta região desde a Segunda Guerra Mundial, dos quais 27% são crianças, estima a Europol.
"Nem todas elas estão sozinhas, mas temos que uma parte" das crianças entra na Europa sem companhia, explicou.
De acordo com Brian Donald, há uma "infraestrutura criminal" pan-europeia sofisticada que tem como alvo os migrantes com fins diversos.
