
Paulo Whitaker/Reuters
A manifestação de sexta-feira a favor do Governo de Dilma Rousseff e do ex-presidente Lula da Silva juntou 269 mil pessoas no Brasil, segundo a Polícia, enquanto a organização fala em 1,2 milhões de manifestantes.
Os protestos foram substancialmente menores do que os realizados no passado domingo a favor da destituição da Presidente, Dilma Rousseff, e contra o Partido dos Trabalhadores (PT), que integra o Governo.
Na altura, foram às ruas 3,6 milhões de pessoas, segundo a polícia militar, e 6,8 milhões, de acordo com a organização.
Ao longo desta sexta-feira, houve protestos a favor do Governo nos 26 Estados e no Distrito Federal (Brasília). A Avenida Paulista, a principal via de São Paulo, onde Lula da Silva discursou, foi um dos locais mais movimentados.
Os atos pró-Governo foram organizados pela Frente Brasil Popular (FBP), composto por 60 entidades, entre as quais o Partido dos Trabalhadores (PT), a Central Única dos Trabalhadores (CUT), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
A iniciativa ocorreu numa altura em que o país regista também vários protestos a pedir a saída de Dilma Rousseff do Executivo.
Os protestos anti-Governo subiram de tom desde que, quarta-feira, a Presidente decidiu escolher para ministro da Casa Civil Lula da Silva, algo que alguns encaram como uma manobra para o ex-presidente, investigado no âmbito da Operação Lava Jato, ter foro privilegiado (imunidade).
Por exemplo, na Avenida Paulista, algumas pessoas protestaram durante quase 40 horas.
Segundo o portal G1, que cita dados da polícia, durante esta sexta-feira, pelo menos 5.000 pessoas protestaram contra o Governo em vários pontos do país, um número que sobe para 8.000 de acordo com as contas da organização.
Contudo, algumas manifestações que decorriam esta sexta-feira a favor da impugnação de Dilma Rousseff foram canceladas, porque a manifestação pró-Governo já estava agendada há vários dias e era necessário evitar conflitos.
