
Jornal "Daily Mail" teve acesso às imagens de vigilância
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Um homem roubou a carteira e os sapatos a uma idosa que, minutos antes, tinha sido mortalmente atropelada por um camião, em Manchester, no Reino Unido. Em tribunal, o ladrão deu-se como culpado e poderá ser condenado a pena de prisão.
Marc Kirvin, residente nos arredores de Manchester, assaltou Swari Ashraf, uma mulher de 62 anos que se encontrava decapitada na estrada, vítima de atropelamento. O homem de 46 anos, terá agarrado na mala e nos sapatos da senhora e fugido, sem reparar no corpo desmembrado.
Inicialmente, as provas indicavam que o ladrão tinha apenas levado a carteira de Ashraf, na altura a 120 metros do corpo, devido ao impacto do acidente. No entanto, graças às imagens de um sistema de vigilância, conseguiu ver-se que Kirvin levou também os sapatos da vítima.
Em tribunal, Marc Kirvin contou que, no dia do acidente, estava à procura de emprego e que levou a carteira, com 1300 euros, por "ganância". O ladrão deu-se como culpado, mas garante que não viu o corpo da mulher decapitada.
A esposa de Kirvin defende que "ele sempre se sentiu culpado por ter ficado com o dinheiro, mas que o ia gastar com o filhos, no Natal", reforçando que já tinha persuadido o marido a entregar a quantia à polícia.
A equipa de acusação do caso acredita na possível veracidade do argumento de Kirvin, uma vez que este estaria dentro de um outro camião, na altura em que o atropelamento aconteceu.
"Quase não houve reações. Tanto por parte dos condutores como por parte das pessoas que estavam na rua naquele momento", acrescentou Jennifer Baines, membro da acusação.
Ainda assim, para a acusação, a questão mais grave do caso reside em Kirvin ter roubado a carteira. "A polícia não teve acesso a qualquer documento que identificasse a vítima e consquentemente não pôde avisar a sua família, que ficou dois dias sem saber o que se passava", explicaram.
A família de Swari Ashraf, de religião muçulmana, está transtornada com tudo o que aconteceu, ainda mais por não ter conseguido fazer o funeral segundo a tradição."A nossa família não consegue explicar o quanto stress, ansiedade e tristeza esta situação provocou".
Wendy Lloyd, juíza encarregada do caso, agendou o julgamento de Marc Kirvin para 20 de Junho."O arguido deve estar preparado para o pior", frisou.
