
Arquivo/JN
O caso de uma rapariga de 12 anos que foi violada pelo pai, e que se encontra agora grávida, está a chocar o Uruguai.
A menina recusa interromper a gravidez e quer casar com o próprio pai. "Quero casar-me com ele, ainda que a lei o proíba. Quero ter o meu bebé. Já tenho roupinhas", disse a rapariga, cuja identidade não foi divulgada, ao tribunal de menores que acompanha o caso.
Segundo o jornal uruguaio "Diario La Republica", as autoridades judiciais concederam à vítima o direito ao aborto, mas esta recusou. Responsáveis dos serviços de ação social do país alegam que não podem obrigar a rapariga a abortar, mesmo que os médicos defendam que a gravidez lhe possa causar problemas de saúde.
A menina pertence a uma família de baixo nível socioeconómico e tem perturbações de desenvolvimento, o que torna o caso, descoberto em abril, ainda mais polémico.
Os psicólogos que acompanham o caso sublinham que a rapariga não está consciente da real situação e que ao desejar ter o bebé pretende preservar o relacionamento com o pai, que atualmente está preso.
