Portugal disponibilizou uma fragata para apoiar os esforços de combate às consequências da erupção vulcânica que assola desde domingo a ilha do Fogo (Cabo Verde), anunciou esta quarta-feira o primeiro-ministro cabo-verdiano.
José Maria Neves, que falava à Lusa no final de uma reunião, com os três presidentes de câmara da ilha - São Filipe, Mosteiros e Santa Catarina -, indicou que a garantia foi-lhe dada já pelo homólogo português, Pedro Passos Coelho, por telefone.
A fragata, acrescentou, trará apoio humanitário, com meios materiais e humanos e um conjunto de telefones satélite, com vista a montar uma central de comunicações na ilha do Fogo, afetado parcial e frequentemente com dificuldades de ligação.
José Maria Neves não precisou a data de chegada da fragata, indicando unicamente que deverá atracar em São Filipe "nos próximos dias".
"O pedido foi feito, o primeiro-ministro de Portugal disponibilizou a fragata e a mobilização está feita", sublinhou o chefe do executivo cabo-verdiano, que chegou esta quarta-feira de manhã ao Fogo para se inteirar da situação no terreno.
Sobre a necessidade de meios aéreos, nomeadamente helicópteros, José Maria Neves adiantou desconhecer se a fragata portuguesa dispõe de um.
"A fragata trará tudo o que faz parte de uma fragata", respondeu.
Antes, numa conferência de imprensa após a reunião com os três presidentes de câmara locais, José Maria Neves indicou que a Cabo Verde chegarão também, em breve, mais meios aéreos e navais para apoiar as operações no Fogo.
Segundo o primeiro-ministro cabo-verdiano, a coordenadora residente do Sistema das Nações Unidas em Cabo Verde, Ulrika Richardson-Golinski, garantiu ter já feito um pedido aos países que integram a ONU para apoiar Cabo Verde no que for necessário.
Até agora, sublinhou José Maria Neves, além do apoio que a ONU poderá vir a prestar, há já disponibilidade para ajudar manifestada pelo Governo Regional dos Açores, Angola, Espanha (através das Canárias), dos Estados Unidos e das várias comunidades cabo-verdianas espalhadas pelo mundo. No entanto, salientou, falta ainda coordenar todas essas vontades.
